O cantor da nova era da MPB (ou a Nova MPB), Cícero subiu ao palco neste sábado, 7, no Bar Opinião, em Porto Alegre,  para apresentar o seu recém lançado álbum chamado Sábado. Os gaúchos apaixonados pela Música Popular Brasileira puderam ver de perto o show do carioca Cícero.

O álbum é a junção da música com a poesia. Distribuídos em dez faixas, as músicas falam sobre a vida cotidiana. O menino do sorriso tímido levou os fãs aos sentimentos a flor da pele, relatando da forma mais poética sobre o que vivemos diariamente. 

Antes mesmo da passagem de som, o cantor foi recebido na porta do Bar Opinião por diversos fãs que lhe aguardavam. Cícero transbordou simpatia e atendeu todos os pedidos de fotos e autógrafos. Para acalmar (e aumentar) o ânimo de quem superava o frio do lado de fora, o cantor postou algumas horas antes do show começar na página do evento, “Som passado, tudo certo”. Decorrido alguns minutos, havia no mesmo evento, diversas postagem com a mesma frase. A graça estava feita! No próprio evento, Cícero explica: “Eu postei que o som estava passado ontem às 17 horas da tarde do iPhone e tem cem vezes isso repetido aqui, é isso mesmo? Rs, putz! É a tecnologia”, e completou pedindo desculpas e torcendo, é claro, para que as mensagens parassem.

Na apresentação do cantor, Cícero subiu no palco e se deparou com diversos balões azuis. Foram os fãs que proporcionaram essa singela homenagem a ele fazendo relação com uma de suas músicas mais famosas. [“Com um balão só, já da pra voar”, “Que a vida é um balão”].

Show lotado, pessoas cantando, se divertindo ao som de Cícero. Não faltava mais nada para completar a baita noite. Para quem tentou registrar fotos e vídeos sofreu para ter um bom foco, pois era impossível ficar parado. Depois do show, Cícero atendeu os fãs que já o aguardavam na porta com papel e caneta em punho, câmeras ligadas para não perder um só segundo. Depois do longo processo de autógrafos e fotos, seguimos para uma pequena conversamos com o cantor. Perguntamos o que ele achou de Porto Alegre e da calorosa recepção dos fãs. “Achei demais! Sou muito fã de Porto Alegre. É a terceira vez que venho aqui, e gosto muito”, admite. Pergunto, então, se ele já experimentou o nosso Chimarrão, em resposta, Cícero explica “Não. Nunca provei. É engraçado, pois é a terceira vez que venho a Porto Alegre e nunca experimentei. Mas, tenho curiosidade”, diz.

No palco o cantor costuma fechar os olhos em alguns momentos, perguntamos o porquê disso, se é algo pessoal. “É para me concentrar na música. E depois, para voltar aquele sentimento de quando eu fiz” diz o cantor. E ainda completa com as seguintes frases: “Às vezes olhando as pessoas você se perde. Quando fecho os olhos é, para um pouco, me conectar com aquele sentimento de quando eu a fiz, e que estava esquecido”, acrescenta.

Perguntei qual o significado da citação “A vida é um balão”, frase que ele costuma usar, “Cara, pra onde ventar ele vai, a vida não tem muito controle. Você lida com as circunstâncias. Eu acho que é isso”, afirma.

E para as gaúchas, Cícero releva que está solteiro. Pergunto se ele está namorando e sua resposta é curta, mas com um sorriso no rosto “Não” diz o cantor. Na última pergunta fizemos uma a pedido de uma fã Isis Bertoletti, que foi sobre o número de sapato que o cantor usa, e a resposta  é “Quarenta e um”. 

Na tarde de domingo, 8, Cícero visitou um dos pontos turísticos de Porto Alegre, o Parque Farroupilha. Em passos lentos e olhos atentos, Cícero não perdia nenhum detalhe. Além de percorrer todo o trajeto do famoso Brique da Redenção, ele fez questão de contemplar todas as atividades artísticas que estavam acontecendo no momento. Quando pergunto o que ele está achando do clima gaúcho, ele responde: “Esse friozinho é bem aconchegante, sabe? Lá no Rio tem sol agora”, relata. Em seguida o cantor foi conhecer a Casa de Cultura Mário Quintana, localizada no Centro da cidade. Lá o artista encontrou com alguns fãs que visitavam a Casa de Cultura. Logo após Cícero parou no Café Santo de Casa, que fica no último andar do prédio CCQM. 

De forma atenciosa, Cícero observava cada detalhe da arte que o lugar proporciona. Não só para dentro do ambiente, como para fora. Por longo tempo ele olhava através da sacada da cafeteria para o panorama da capital sob aquele dia com um pôr-do-sol escondido, e ali ficou por minutos. Até nos esforçamos para tentar adivinhar o que se passava por de baixo daqueles cabelos cacheados, ou até interpretar sua cara de ‘paisagem’. Mas de Cícero nada conseguimos arrancar. Quem sabe não descobriremos isso em alguma futura letra de música?

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Pedimos para ele tirar a foto com a placa “Som passado, tudo certo”. Ele respondeu no bom humor: “Ah, vocês estão me zoando?” E mesmo com vergonha tirou foto com a frase que marcou a sua vinda à capital. Por fim, ele deixou claro sobre sua vontade de um dia subir para cantar no Theatro São Pedro, pois sabe que ali pisa os grandes nomes da nossa cultura. Após alguns minutos, fomos embora, e pelo caminho quem encontramos? Sim, ELE! Cícero indo a direção ao Theatro São Pedro.

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