A beleza multicultural das feiras abertas
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Por: Marcela Barbosa
Porto Alegre é um local privilegiado pela presença de vários eventos e locais culturais para poder frequentar, mas o que de uns tempos para cá tem chamado a atenção, e reunido um grande número de pessoas, são as feiras/festas ao ar livre.
Este tipo de evento proporciona a seus visitantes um contato mais amplo com os lugares visitados, fazendo as pessoas conhecerem mais a história do meio em que se inserem, e contribui com a multiplicação da ideia de povoar locais inabitados ou esquecidos da cidade. As festas de rua possibilitam a participação de um número maior de colaboradores para a sua preparação. Em um espaço onde o foco principal é a troca de cultura e a exposição de novos trabalhos é impossível voltar de um passeio entre as feirinhas sem ter tido uma boa conversa ou até, sair de lá com um amigo.
Regados de música, arte e moda os eventos de rua foram tão bem aceitos que muitos já são tradição na Capital, como é o caso das feiras do Acervo Independente - que fecha a General Auto, no Centro da cidade, para fazer exposições de variedades - até o famoso brick da redenção, que conta com o fechamento de determinada área no parque farroupilha todos os fins de semana para a sua realização.
Me gusta: Mistura cultural que encantou a todos que passaram pelo Largo Zumbi dos Palmares
Quem vinha pela Loureiro da Silva em direção a cidade baixa no domingo passado pôde notar uma movimentação diferente no Largo Zumbi dos Palmares. Era o evento Me gusta, que reuniu uma variedade de exposições. O local ganhou vida ao ser ocupado por bancas que vendiam diversos produtos: roupas, bijuterias, óculos, sabonetes, incensos, o que vier pela mente poderia ser encontrado lá.
Muito além disso, o Largo foi ocupado por pessoas simpáticas e por muita música. A feira, ou a festa de rua, começou as 15:00 da tarde e cresceu rendendo histórias até as 21:00. Quem passou por lá e levou um dinheirinho no bolso sem dúvida não saiu de mãos abanando, e quem visitou de bolsos vazios levou uma nova visão sobre a construção de espaços públicos.
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Diversos itens foram comercializados na feira. Foto: Gustavo Menezes | Richard Medeiros |
O evento já teve outras edições, e nesta teve a participação do pessoal da Rádio Putzgrila, o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria dos Direitos Humanos, e do suor dos colaboradores para fazer tudo dar certo.
Arteando C: Mais um ponto para a arte
Por: Nando Donel
No sábado passado aconteceu a segunda edição do ‘Festival Arteando C’ realizado pelo CC100 com apoio do Distrito C e da Casa Cultural Tony Petzhold. Aberto ao público o evento trouxe várias atrações culturais. Música, ballet, teatro, brechó, entre outras oficinas, foram destaques no ‘Arteando’.
A sede do CC100 é um local onde era um prédio abandonado, e a ideia do dono era fazer uma festa para os vizinhos, pois ele queria que fosse um lugar visitado pelas pessoas, mais do que um espaço comercial. Carolina Lima, uma das coordenadoras do evento, contou que foi uma ação conjunta que possibilitou o sucesso. “Todo mundo ajudando, com a ideia de unir as pessoas para aproveitar os espaços que ainda estavam sem utilização no prédio, fazendo oficina, arte, para que todos pudessem interagir e viver isso”, diz Carolina.
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Comidas não poderiam faltar. Foto: divulgalção do evento |
Bruna Schneider, que também ajudou na organização do evento, demonstra um prazer muito grande em fazer parte da propagação da arte. “Todo evento que faça o pessoal saber que existe mais do que cinema no shopping, já faz o coração bater mais forte”, fala.
Oficinas fizeram presença na Arteando C. Foto: Divulgação do evento
Participando do festival, estavam também, ‘Luluca’ Luciana e Gabi Carapeto, representando o Atelier e Brechó Projeto Vuelta Al Mundo. O projeto funciona como agente de mudança, visa inserir socialmente o brechó e muitos outros modos de consumo alternativo e consciente no cotidiano das pessoas. Para Gabi, o ‘Arteando’ que faz parte de uma série de eventos que ocorrem no Distrito C, é uma forma de promover esse estilo de vida. “Além de promover o seu próprio projeto, é um modo de promover esse novo tipo de economia. A ideia é agregar um nos eventos dos outros. A união faz a força”, comenta.
Sábado, quem ganhou mais uma vez foi a arte. Eventos assim que fazem renascer a esperança de que nossos artistas sejam valorizados e possam viver apenas propagando a cultura.
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